Doença de Graves: sintomas, diagnóstico e tratamento. Do que se trata?
A doença de Graves, também conhecida como bócio tóxico difuso, é uma doença autoimune da tireoide. Ela é a causa mais comum do hipertireoidismo.
Definição: o que é a doença de Graves
A doença de Graves, também conhecida como bócio tóxico difuso, é uma doença autoimune da tireoide. Ela é a causa mais comum do hipertireoidismo (80% dos casos), distúrbio que provoca uma produção excessiva de hormônio pela glândula tireoide.
A doença de Graves atinge cerca de 1% da população, sendo a maioria mulheres (seis mulheres para cada homem, em média). Ela aparece, sobretudo, nas pessoas com idade entre 20 e 50 anos.
Sintomas da doença de Graves
A doença de Graves apresenta os sintomas do hipertireoidismo assim como sinais clínicos característicos.
O hipertireoidismo se manifesta através da aparição de um bócio no pescoço, perda de peso, aumento do ritmo cardíaco, queda de cabelo, hiperatividade nervosa ou fezes frequentes.
O que permite distinguir a doença de Graves de outras doenças da tireoide é uma exorbitação dos olhos chamada de exoftalmia. Na maioria das vezes, ela é bilateral (ou seja, atinge os dois olhos) e sua progressão pode ser rápida ou lenta.
Causas da doença de Graves
A doença de Graves é uma doença autoimune, ou seja, é provocada pelo sistema imunológico. Este produz anticorpos anormais que vão se voltar contra o organismo se fixando na glândula tireoide e estimulando a liberação de hormônios tireoidianos. Ao mesmo tempo, esses anticorpos impedem o TSH de exercer seu papel de regulador de hormônios.
A doença de Graves pode ter muitas origens. Fatores genéticos (histórico familiar) ou ambientais podem favorecer a aparição da doença. Da mesma forma, uma mudança hormonal também pode exercer influência. É o caso da gravidez, da menopausa e da puberdade.
Em certos casos, um choque emocional ou psicológico pode explicar a aparição da doença de Graves.
Tratamento da doença de Graves
O tratamento da doença de Graves é baseado na prescrição de medicamentos antitireoidianos, como o carbimazol, durante um período de 12 a 18 meses. Estes permitem limitar a produção de hormônios tireoidianos no sangue a fim de atingir uma taxa normal. Eles muitas vezes são associados a hormônios sintéticos para evitar o hipotireoidismo.
Um tratamento cirúrgico também é possível. Ele consiste na retirada da tireoide, nos casos em que o bócio é grande. Outro método radical também pode ser adotado: o uso de iodo radioativo, que é administrado sob a forma de cápsulas durante várias semanas.