Ela se chama Amandine Gaudin, tem 39 anos, é personal trainer e, depois do trabalho, ela decidiu ir tranquilamente fazer compras no Carrefour para celebrar seu aniversário no dia seguinte. Foi quando a gerente de segurança da loja pediu que ela se cobrisse, julgando sua roupa inapropriada para fazer compras."Da próxima vez que você vier, certifique-se de colocar uma roupa diferente desta"Segundo as declarações reunidas pelo jornal Le Parisien, a jovem teria sido abordada depois de algumas seções: "Da próxima vez, tenha cuidado de não vir vestida assim", disse o funcionário do supermercado. Amandine ficou atônita e perguntou o porquê da repreensão. A mulher afirmou que ela estava com uma roupa "muito curta" e que deveria "ter colocado algo mais para se cobrir" antes de acrescentar que ela "havia entrado na loja mas isso não aconteceria uma segunda vez".Um sentimento de humilhaçãoAcostumada a ir neste supermercado, onde já fez inclusive aulas de esportes para os funcionários, Amandine ficou chocada com as observações da gerente e garante que não voltará nesta loja novamente. "É o meu trabalho", ela disse ao jornal, "O que isso significa? Que minhas roupas de trabalho são indecentes? Eu me senti humilhada.”Em seguida, Amandine decidiu ir até a administração e descobriu que a funcionária era gerente. A administração tentou se justificar, explicando que essa observação era resultado de várias reclamações de clientes. Mas Amandine não deixou por menos.Apoiada pelos clientes da lojaDe volta à parte de baixo para terminar suas compras, Amandine foi rapidamente apoiada por outros clientes que a tranquilizaram sobre sua roupa. Eles até sugeriram que ela saísse e tirasse uma foto na frente do supermercado, para que pudesse contar sua história nas redes sociais, esperando a reação das pessoas.Resultado: uma publicação no Facebook e mais de 10.000 compartilhamentos depois, sua desventura se tornou viral e o supermercado Carrefour voltou atrás e pediu desculpas pela reação desproporcional da funcionária.Luta pelos direitos das mulheresSe Amandine levou essa história a sério, não foi unicamente por ela. "Eu fiz isso para que não aconteça novamente", explicou. "As mulheres devem se vestir como quiserem, desde que permaneçam corretas".Uma posição compartilhada por seu companheiro: "Um homem que anda de camiseta não representa qualquer problema, mas uma mulher que pratica esportes com um top, isto não é aceito", ele comentou. "Isso significa que o Carrefour apoia a ideia de que as mulheres não podem se vestir com roupas mais leves". Do seu lado, a empresa também garante ter sensibilizado todos os seus funcionários para evitar que a história se repita.